A festa de Corpus Christi

A festa de Corpus Christi

A Festa de Corpus Christi

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

        

Ler Marcos 14, 12-16. 22-26.

Explicar: pão ázimo: pão sem fermento.

                 Festa dos Pães Ázimos: Festa do povo judaico (Judeus) onde lembrava a ceia antes da fuga do Egito, isto é a libertação da escravidão do Faraó, Rei do Egito. Festa da Pessach (Páscoa dos Judeus). Jesus morreu na véspera desta Festa. Por isso, Ele celebrou a Festa dos Pães Ázimos com os Apóstolos na Quinta-Feira Santa e na Sexta-Feira Santa foi crucificado. Daí podemos entender, porque seu corpo foi sepultado na sexta-feira e não no sábado, pois, na tarde de sexta-feira, já começavam a preparação da Páscoa (Pães Ázimos) que acontecia no sábado. Dos dois ladrões crucificados com Ele, quebraram as pernas para que morressem mais depressa. O sábado era um dia sagrado para os Judeus, pois Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou, isto é, Deus descansou no sábado.

 

         A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo precioso dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.
         A Festa de Corpus Christi  surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana  (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.  

Aconteceu que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na Igreja de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem  que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.  

O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi” (O Corpo de Cristo).  

Em 11/08/1264 o Papa escreveu uma carta, onde ordenou que na 5ª feira após oito dias de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor a Oração da celebração.

Em 1290 foi construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e brancas,  chamada de  “Lírio das Catedrais”. Antes disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V pediu que a Festa da Eucaristia deveria ser mundial.  

Em 1317, o Papa João XXII publicou uma carta o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.  

Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo.  

Começaram assim as grandes procissões eucarísticas, as adorações solenes, a Bênção  com o Santíssimo  no ostensório por entre  cânticos. Surgiram também os Congressos Eucarísticos, e inúmeras outras homenagens a Jesus na Eucaristia. Muitos se converteram em todo o mundo católico.

CELEBRAÇÃO

- Levar os crismandos até a Capela do Santíssimo e, todos de joelhos, fazem uma pequena adoração, ficando a critério de cada catequista de criar um momento de oração.

 

 

Pe. José Roberto Bertasi, mSC

                                                                                              Pároco